Você provavelmente nunca ouviu falar sobre o termo Skeumorfismo, mas ele está presente na sua rotina.
Vamos brincar de usar termos de design? Em 2012 a Microsoft, abandonou o Skeumorfismo com o Windows 8. Em 2013, a Apple deixou de usar o design skeumórfico com o iOS7, o que levou a revista Forbes a anunciar a morte do Skeumorfismo. Desde então, se tornou algo comum ouvir sobre o desuso desse estilo de design e, mais comum ainda, ouvir sobre o reino do tal Flat Design.
Mas o que é design skeumórfico?
O Skeumorfismo é nada mais do que uma tentativa de imitar a realidade dentro do digital. Nas interfaces de smartphones e em sites, o Skeumorfismo era bastante usado como uma tentativa de criar objetos 3-D em uma superfície 2-D. Por exemplo, o ícone de ligação era representado por uma imitação de um telefone. Outro exemplo clássico é o ícone da lixeira. Todos reconhecemos instintivamente como o lugar onde devemos jogar tudo o que não queremos no nosso computador.
O Skeumorfismo foi muito usado como uma muleta na curva de aprendizado para gerações anteriores. Era muito mais familiar para o usuário que não estava acostumado a smartphones e interfaces digitais por ter uma associação direta aos objetos físicos. Com o tempo e o abuso do estilo skeumórfico, algumas práticas se tornaram inviáveis no meio digital. Como resposta, surgiu o Flat Design. Esse conceito tinha a proposta de remover todos os efeitos considerados inúteis e trazer as interfaces a algo minimalista e funcional. O Flat Design tinha uma aparência mais moderna, fazia melhor uso dos espaços, tinha melhor leitura, era mais responsivo e muito mais rápido de carregar.
Google, relógios inteligentes e o retorno do Skeumorfismo
Em 2014, a Google lançou um design imaginário chamado “material” baseado na realidade tátil. Inspirado no estudo de papel e tinta, foi criada uma série de regras sobre como ele deveria ser usado. Por ser baseado na realidade, ele pode ser chamado de skeumórfico. Mas como utiliza design inteligente e tem uso limitado de animações e sombras, também se encaixa no mundo do Flat Design. Talvez o “material design” tenha criado uma ponte entre Skeumorfismo e Flat Design, trazendo as partes boas de cada um dos estilos em um novo conceito.
Para ajudar mais um pouco o retorno do Skeumorfismo, os relógios inteligentes apareceram. Aqui, o Skeumorfismo foi utilizado para imitar a experiência dos relógios analógicos. Unem-se o real e o digital, convencendo os usuários a dar uma chance a esse objeto que no começo foi olhado com total desdém.
O que tirar desse texto?
Não devemos anunciar a morte de um estilo. Tendências de design vem e vão. Tim Worstall, que escreveu o artigo da Forbes dizendo que era hora do Skeumorfismo morrer, foi apressado demais. Embora todos os estilos tenham sua época de dominância, a perda da mesma não os tornam inúteis. Tanto o Flat Design, quanto o Skeumorfismo têm suas vantagens que continuarão a ser exploradas por anos e anos.
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Fontes
WebFrame
IFD Comunicação
Daring Fireball
UX Collective Brasil
99 Designs
Envato
Forbes
TechTarget
Medium

Pedro Nolasco
Pedro Nolasco é experiente em dirigir e participar da criação de projetos relacionados a comunicação e a arte. Apaixonado pelo mundo de soluções gráficas, está em constante busca por crescimento profissional e inovação em seus projetos. É formado em Design Gráfico pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo.